domingo, 17 de novembro de 2013

MEIA NOITE, MEIO SONHO, um poema inédito de Susana Custódio


Meia noite, meio Sonho


(Susana Custódio)


Meia noite, meio sonho
Há metade por sonhar
Num sono que quero abono
Que a vida vá reciclar.

Em todo o seu esplendor
Nas noites que não dormi
Pra mim foi tempo d’amor
Nas serenatas que ouvi.

Na tua voz que as cantou
Em notas feitas de esperança
Busco o que nos separou
Guardo comigo a lembrança.

Ah, serenatas sofridas
Meias noites assombradas
Meias noites tão compridas
Tristes manhãs madrugadas.

Desse tempo não dormido
Loucura, não faz sentido
Meias noites são castigo;
As qu'inda sonho contigo!





Leter Created   

by Judith

Mist by Corine Vicaire

Background by Nikita


Sintra - Portugal - Novembro 2013


 

4 comentários:

Dioni disse...

Minha amada amiga e exímia poetisa!

Aplaudindo,de pé, por este belo poema!
Arrasou!
Bjoks carinhosas da amiga Di.

Bernadete disse...

Quando se lê, começa-se a viajar em nosso interior, comparando a poesia a fase da vida que o amor invade nosso eu tirando nos o sono, onde tudo é luz, belo, esperança e certeza. De repente percebe-se a distancia existente entre amor, sonho e realidade, então vem a dor e a solidão, para fazer-nos voltar a realidade, e apreender que amor só existe onde mora a verdade, fora disso é ilusão e inverdade e com certeza trás amargas recordações.

DrPaun disse...

Merveilleuse poésie !
Wonderful poem !
Dr. Cornelia Păun

Bernadete disse...

Interpretamos a poesia de acordo com nosso estado de espírito, num momento lemos e sofremos, em outro lemos e vivemos. Seu poema é muito lindo e retrata a verdade de uma vida encantada onde o amor está sempre presente.