quarta-feira, 20 de novembro de 2013

RITUAIS PERVERSOS de Eugénio de Sá


Rituais Perversos
Eugénio de Sá
Aqui, onde a razão é escarnecida
E a Lusitânia tem raízes fundas
Megeras há que urdem, furibundas
Feitas com bruxos c'o a alma vendida

No palco cai o manto e os celerados
Fazem do mal o lema que os condena
À mais vil condição, quase obscena
Das lesmas que carregam os seus fados

Na podridão da cátedra que inventam
Para ocultar as mentes truculentas
Escondem os restos que ainda os sustentam

Que mais hás de pagar, que essas ventas
Fauces horríveis, garras que desventram
Inda te habitam, pátria, inda os ostentas?

 Sintra - Portugal - Novembro 2013



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