Perverso
fadário
Eugénio de
Sá
Pudesse
eu estar num alto patamar
Onde a
angustia tentasse, sem servência
Assomar-se
às alturas, e porfiar
Sem
conseguir alçar-se à minha essência
Pudesse eu
minorar por tal conforto
Os árduos excessos
deste coração
Pois este
é fardo que já mal suporto
Que me
entorpece e priva da razão
Pudesse eu
ver sumir-se nesse ensejo
Qual
perverso fadário; esta abulia
E dela,
enfim, me livrasse sem pejo
E
então toda esta angustia se extinguia
E eu seria
feliz quando crio e versejo
Ébrio de
luz, ao sol de cada dia !
Sintra - Portugal - Fevereiro 2014
6 comentários:
Belo!
Ébrio de luz, ao sol de cada dia!
Dores são reflexos do teu desejo
Da inspiração a rima que versejo
Fonte dos Poetas a buscar poesia!
Parabéns, pelo belo e inspirador soneto!
beijos ternos,
SanCardoso
Um fadário que partilho e que infelizmente chego à mesma conclusão.
Excelente soneto , parabéns e obrigada pela partilha.
beijinho
Fê
Bravo poeta belo trabalho...
Bonito Poema. Faço votos que o Poeta se liberte de todos os seus dramas interiores, para mais livremente poder criar e transmitir-nos toda a poética que vive em seu coração. Obrigada Virgínia Branco
Muito bonito soneto por Eugenio de Sá, sobre a felicidade, buscando a criação poética. Partilho em meu Google + Abraços, querida Susana.
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