Prece pela Terra
Eugénio de Sá
Ouvi o pranto pelos mortos do
mundo
Oh Deus d’amor, Senhor do universo
Que a estupidez retorne ao seu
reverso
Que os homens caiam num senso
profundo
Que as chaminés não firam mais os
céus
E os venenos da terra voltem à dormência
Que a ganância emagreça pla
falência
E os algozes dos pobres sejam réus
Ouvi, Deus nosso, o choro das
entranhas
Do lindo planeta que nos deste
Ouvi o grito das suas dores
tamanhas
Que os pecadores desde o leste a
oeste
Não encontrem salvação nas suas
manhas
Mas volta a crer, Senhor, no que
descrestes
Que assim seja!!!
Sintra - Portugal - 22 Abril 2014
Veja o vídeo numa linda formatação do amigo Dorival Campanelle e ouça o poema na meiga voz da amiga Ana Müller
7 comentários:
Estamos diante de um Trio perfeito : Belíssimo Poema pela temática significante; Formatação adequada e Declamação expressiva por Ana Muller.
Meu aplauso festivo a todos .
Abraços
Vera Mussi
No "Dia da Terra" nada melhor do que um "Abraco Universal"; em louvor de
Deus e da "capacidade voraz" dos
coracoes humanos... da Musa e dos
brados dos Poetas!
"Nao pertenco ao mundo, sou do Além;
mas trago o mundo dentro de mim"
Parabéns aos Poetas e nomeadamente
a vós, que cantais a Terra com sons
Divinos.
Junto envio um Poema da minha autoria "PREDICADO" - que podem
divulgar aos Amigos.
Abracos e até sempre. Foreval.
Um poema tocante e nos instiga a pensar nos desíguinos da terra.Parabéns Eugénio por mais esta bela poesia.Toda a formatação é de excelente bom gosto.Bjs.Malu
Un poema muy bello.
saludos
Bellísimo poema, excelente como sempre.
Abraços.
Hermosa oración que se eleva por este mundo que habitamos y al que tanto maltratamos, al igual que nos maltratamos a nosotros mismos.
Un canto de amor y paz en un mundo donde prevalece una violencia a erradicar.
Abrazos, Poetas.
PRECE PELA TERRA!
Humberto Rodrigues Neto
Ah, Deus, meu Deus! A que infernal labor
se entrega o homem, sem raciocinar;
agride a Terra, sem sequer supor
que A concebeste como nosso lar.
O ar, o sol, o azul que esmalta o espaço,
o homem faz réus de equívocos critérios;
enche os céus desse trágico bagaço
de pós mortais e gases deletérios!
Quando se rouba à mata a ave inocente,
e polui-se a mercúrio a água dos rios,
nesse vil ato o Vosso ser pressente
o quanto somos maus e somos frios!
Da árvore que estala vindo ao chão
evola-se um lamento ao infinito,
mas não o ouve o autor da infanda ação,
pois só Vós sois capaz de ouvir-lhe o grito!
Perdoai-nos, Terra: viemos de outras plagas
pra crescer nos reencarnes sucessivos,
mas te enchemos de pústulas e chagas,
movidos por instintos primitivos!
Brasil – 3 de Maio 2014
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