Eugénio de Sá, António Barroso (Tiago), Odir Milanez, Humberto Soares Santa, J.J.Oliveira Gonçalves e Luiz G. de Barros (Luis Poeta)
Tenho Saudade
do Poeta
Sá de Freitas
Tenho saudade
daquele poeta
Que sorria e
vivia feliz;
Que era capaz
de compor
Até quatro
sonetos por dia
e que agora
em quatro dias,
consegue
compor apenas um;
Tenho saudade
daquele poeta
Que ficava
horas no Computador,
Se
interagindo com quase todos,
Que fazia
homenagem aos amigos
E amigas e
também era homenageado,
Que brincava,
ria e fazia rir;
Que tocava
violão
E cantava nas
festas...
Mas de
repente a sua inspiração diminuiu,
Ele foi se afastando
e sendo esquecido
E sumiu.
Não sei se
ele foi descansar
Em algum
lugar,
Ou se morreu
dentro de mim,
Para nunca
mais voltar.
Samuel
Freitas de Oliveira
Avaré – SP –
Brasil
O poeta não
morreu!
Eugénio de Sá
( Dedicado ao
põe-irmão de coração, Samuel Sá de Freitas
e inspirado
no seu texto “Tenho saudades do poeta” )
Não, o poeta
não morreu, irmão
Estás apenas
letárgico, dormente
Quem sabe se
te inspira, docemente
De um momento
pró outro, o coração…
Não morreu o
poeta que há em ti
O asceta
brasileiro, universal
Que
deslumbrou Brasil e Portugal
Com os mais
belos versos que já li
Que um poeta
assim não morre mais
Aguarda os
ventos como vela bamba
Que um dia
voltarão, em vendavais
E então
regressarás c’o a verve panda
Inda mais
inspirado que jamais
Porque a
poesia em ti é que mais manda!
Sintra –
Portugal
A morte do poeta
António Barroso (Tiago)
A mente arquitecta uma
quimera
A ilusão dá-lhe cor, dá-lhe
esperança,
A fantasia logo dela se
apodera,
Na noite sossegada o sonho
avança.
Brotam certezas donde não
se espera,
Sorrisos se unem em perene
aliança
Como o raiar do sol na
Primavera,
Em luz eterna que jamais se
alcança.
Oh! Sonhosque já tive e
feneceram,
Ilusões, fantasias que
morreram,
Esperanças de que não mais
disponho,
Se nesta vida amarga, tão
confusa,
Procuro, mas não consigo,
achar a musa,
É que já poeta não sou,
perdi o sonho.
Parede – Portugal
Adormecidas Ilusões
Odir Milanez
Envolto em sombras de ilusões adormecidas,
paira o poeta além dos estros do parnaso.
Sente-se sol sem mais albor, ourando o ocaso,
como se fora fogo-fátuo de outras vidas.
Intenta estrofes de esperanças esquecidas,
memora amores morredoiros, caso a caso,
sepulta sonhos sob as cismas, ao acaso,
e perdido se põe perante a fé perdida...
Mas eis que as musas cantam castas cantilenas,
canções de amor eterno há muito tempo ouvidas,
amores divinais de muitas vidas plenas!
E o poeta, desperto, volta às suas lidas,
sem mais pensar pesares, dês que estava apenas
envolto em sombras de ilusões adormecidas!
JPessoa/PB
02.05.2013
Oklima
Nada é impossível
Humberto Soares Santa
O marco do impossível só existe
Se a força de vontade não se anima,
Se a fronte não se eleva para cima,
Se falta o querer e nem a fé resiste.
Levanta-te, ó tu, que já caíste !...
Renova o teu valor e a auto-estima.
Não te sintas vencido... reanima !...
Volta a lutar : Insiste!... vá !... Insiste !...
Tudo é possível quando se acredita !
De pé !... na posição firme e correcta,
Vence esse minotauro que em ti grita.
Lembra Teseu que o não temeu em Creta.
Reforça essa vontade que te agita :
Corre !... agarra o sonho !... sê poeta !...
Cotovia(Sesimbra) – Portugal
Coração-Poeta...
J.J. Oliveira Gonçalves
O poeta é essa estranha criatura
Que, às vezes, tem Saudade de si mesmo!
Enquanto um verso veste de Ternura
Num outro diz-se só... e que anda a esmo!
O poeta acende o Sol na noite escura
Que é exímio em praticar Alta Magia!
Saudade de si mesmo, ai, que loucura:
Aflora à flor da pele... e à Alma arrepia!
Meu coração-poeta, às vezes, sente
Saudade do que foi... E acabrunhado
Ah, crê-se morto, enfim – abandonado!
E embora explicação – em vão – eu tente
O coração carrega – em si – o Ausente
O que Sonha em voltar... para o Passado!
Porto Alegre -
Brasil
1º de Maio - Dia do Trabalhador/2013. 17h09min
Poetas nunca morrem
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros –
às 20 h e 12 min do dia 2 de maio de 2013,
para a genialidade dos
poetas Sá de Freitas, Eugénio de Sá,
António Barroso (Tiago), Odir Milanez, Humberto S. Santa e J.J. Oliveira Gonçalves
Poetas morrem, quando quem
os admira
Mistura a lira do seu canto
mais feliz
Com a própria vida que eles
têm, pois quem a tira,
Atira pedra em tudo aquilo
que ele diz.
Poetas morrem, quando morre
o sentimento
De quem os deixa, por
achá-los muito humanos,
Mas se é insano não viver
cada momento,
Nenhum poeta sobrevive sem
ter planos.
Que não se veja nesses
seres - que são vivos -
Um lado apenas, onde os
dons mais expressivos
Brotam da vida mais humana
que os socorre,
Pois se viver requer bem
mais que pulsação,
É na leveza especial de um
coração
Que se percebe que um
poeta... nunca morre.
Rio de Janeiro - Br
Edição:
04.Maio.2013
Um comentário:
Todas as vezes que recebo um trabalho realizado pela sensibilidade produtiva de Susana Custódio,minha primeira reação é naturalmente conhecê-lo, pois Susana prima pela afinidade que tem com a arte em todos os seus sentidos. Vê-la nestas imagens, que não apenas emolduram, mas principalmente diluem-se na alma de sete belíssimos poetas, entre os quais humildemente insiro meu coração, é agradecer a Deus por este inefável privilégio. Obrigado, Susana;obrigado, Eugénio; obrigado amados irmãos lusófonos. Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros - Rio de jaeniro - Brasil.
Postar um comentário