Composição fotográfica de Susana Custódio
O trovador amante
Eugénio de Sá
Que terno é ver toucar-se o ameno estio
De mil pictóricos e florais encantos
Enquanto o fio de água que era um rio
Murmura amores castos, quase santos.
Que doce é ver um trovador amante
Cantando à sua amada, com ardor
Uma canção de amor meiga e vibrante
Debaixo de um ulmeiro acolhedor.
Sente o poeta que o espírito se eleva
- Do ser terreno percebe-se evadido -
E ali o nobre asceta enfim sossega
Embalado plos som que é possuído
É branda e é serena a sua entrega
Aquelas trovas que ouve enternecido.
Sintra - Portugal -2013
Também pode ver em vídeo na bela formatação do amigo Dorival Campanelle
3 comentários:
Aqui temos de novo o Eugénio, o sujeito poético eternamente enamorado, desta vez platónico, fazendo-nos lembrar um pouco a lírica camoniana.
Muito bonito, obrigado. Beijos
O Grande Poeta Eugénio de Sá, além de grande trovador e um grande sonetista.
Parabéns Poeta!
ZCH
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