MIL E UM POEMAS
(Susana
Custódio)
Com
esta min’alma plena de inspiração
Mil
e um poemas ternos, cheios de amor
Pra
ti escrevi com a mais doce emoção
Palavras
sentidas com um extremo ardor
Descrever
o amor era a minha intenção
Em
mil e um poemas com cheiros de flôr
Eu
só queria conquistar o teu coração
E
arrancar p’ra sempre esta teimosa dor
Vem
depressa, eu te peço que venhas
Com
teu carinho brindar o meu jardim
Já
que o enxergas do cimo das montanhas
Já
que o vês verdejante, mesmo assim
Vem,
e eu confessarei o meu amor por ti
Ouvirás
a minha terna voz até adormecer
Murmurada
em meus lábios, como um colibri
Solfejada
num hino que acabei de escrever
O AMOR QUE O TEMPO SUSPENDEU
(Eugénio
de Sá)
Irei
pairando sobre o mar imenso
Tendo
por companhia uma veloz gaivota
Ouvi
o teu poema e esse amor intenso
Ajudou-me
a traçar tão longa rota
Bastou
um d’entre os mil anunciados,
Um
poema somente, e nada mais
Pra
que o meu coração fosse guiado
Na
direcção do teu e dos teus ais
Pedirei
a um anjo as suas grandes asas
E
já estarei no ar daqui a pouco
Deixarei
para trás gentes e casas
Cruzando
os ares voando como um louco
Depois
eu te ouvirei em longa confissão
Enquanto
tu, amor, quiseres que eu
Conheça
a tua terna submissão
A
este amor que o tempo suspendeu
Sintra - Portugal - 2012
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