Eu sou a que no
mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
E eu, que melhor sorte não a tenho
Sem outro rumo que encontrar na vida
Sou como tu, um homem sem saída
Carrego a dor e o padecer tamanho
Sombra de névoa
ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! …
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! …
Curioso, este
sentir igual ao teu
Sempre esta bruma densa, traiçoeira
Como mortalha branda, derradeira
A agasalhar-me a noite do meu breu
Sempre esta bruma densa, traiçoeira
Como mortalha branda, derradeira
A agasalhar-me a noite do meu breu
Sou aquela que
passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou também
transparente a outros olhos
Sou o fado maldito e ignorado
Sou mais um seixo neste mar de escolhos
Sou o fado maldito e ignorado
Sou mais um seixo neste mar de escolhos
Sou talvez a
visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Provavelmente
sou sonho, sou crer
D’alguém que algum dia me sonhou
Mas que nunca na vida me irá ter
D’alguém que algum dia me sonhou
Mas que nunca na vida me irá ter
Arte e
Formatação:
AugustaBS
AugustaBS
Edição:
Eugénio de Sá
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