TENHO SAUDADES DO POETA
Sá de freitas
Tenho saudade daquele poeta
Que sorria e vivia feliz;
Que era capaz de compor
Ate quatro sonetos por dia
E que agora em quatro dias,
Consegue compor apenas um;
Tenho saudades daquele poeta
Que ficava horas no computador,
Se interagindo com quase todos
Que fazia homenagem aos amigos
E amigas e também era homenageado
Que brincava, ria e fazia rir,
Que tocava violão
E cantava nas festas…
Mas de repente a sua inspiração diminuiu,
Ele foi se afastando e sendo esquecido
E sumiu…
Não sei se ele foi descansar
Em algum lugar,
Ou se morreu dentro de mim,
Para nunca mais voltar.
Samuel
Freitas de Oliveira
Avaré – SP -
Brasil
O poeta não morreu!
Eugénio de Sá
(
dedicado ao poeta-irmão Sá de Freitas, inspirado
no
seu texto “Tenho saudade do Poeta” )
Não, o poeta não morreu, irmão
Estás apenas letárgico, dormente
Quem sabe se te inspira, docemente
De um
momento pró outro, o coração…
Não morreu o poeta que há em ti
O asceta brasileiro, universal
Que deslumbrou Brasil e Portugal
Com os mais belos versos que já li
Que um poeta assim não morre mais
Aguarda os ventos como vela bamba
Que um dia voltarão, em vendavais
E então regressarás c’o a verve panda
Inda mais inspirado que jamais
Porque a poesia em ti é que mais manda
Sintra - Portugal
POETA
NÃO MORRE
Humberto
Rodrigues Neto
Morre,
nada! Um poeta nunca morre
e
quando pára momentaneamente
é
pra evitar que a sua agitada mente
queime
fosfatos e os neurônios torre.
Não
adianta queimar inutilmente
nossas
pestanas sem que o verso jorre;
se
dada inspiração não nos ocorre,
busquemo-la
alguns dias mais à frente.
Boas
rimas ninguém faz em tempo escasso,
pois
só nos surgem ricas e bem feitas
após
noites de insônia e de cansaço.
Só
tempo e calma dão poesias perfeitas,
seja
na rima, no metro ou no compasso,
e
disso entende bem o Sá de Freitas!
São Paulo - Brasil
4 comentários:
Gosto deste debate entre poetas sobre poesia, arte que não domino e, talvez por isso, muito admiro, com espanto, de boca aberta perante, o resultado de trabalho de neurónios «torrados» até à exaustão.
O meus cumprimentos muito respeitosos aos que dominam esta arte.
João
Foi um momento muito feliz que me faz crer que os Poetas Mosqueteiros, que empunham a sua pena, estão mais inspirados e unidos do que nunca ! Meu caro Sá de Freitas, ao dizer que o poeta dentro dele, está morto, sem se aperceber escreve e inspira um dos mais belos trietos. Salve !!! Da admiradora dos incansáveis mosqueteiros, Maria Luiza Bonini
Estive aqui e gostei de ter vindo.
Realmente, poeta não morre. Vai poetar em outro lugar.Meus parabéns a todos
Boa tarde,
O poeta nunca morre, ausenta-se fisicamente mas deixa as suas obras ao dispor de todos nós.
ag
Postar um comentário