O CICLO (IMPARÁVEL)
DA VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
A violência
doméstica funciona como um sistema circular
– o chamado Ciclo da
Violência Doméstica –
que apresenta, regra
geral, três fases:
1. aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e
as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo
eminente.
2. ataque violento: o agressor maltrata física e
psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência
e intensidade.
3. lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e
atenções, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará
a exercer violênc
Este ciclo caracteriza-se pela sua continuidade no
tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo
ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais
intensa a fase do ataque violento. Usualmente, este padrão de interacção
termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios
poderá ser o homicídio, ou o suicídio da vítima, que vai perdendo, aos poucos,
toda a auto estima e vontade própria, até se sentir um farrapo sem valia, não
raramente procurando a auto destruição.
Nota:
É raro o agressor
aceitar tratar-se, uma vez que lhe são reiteradamente reconhecidos os sintomas
de uma paranónia, que ele sempre refuta.
Fonte:
MICROSITE INSPIRADO E ADAPTADO DO SITE
da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV)tima (APAV)
O silêncio dos ofendidos
Eugénio de Sá
Viver acompanhado, e todavia
Sentir-se só na casa que é de dois
É comum nestes tempos, e depois
De tristeza se vive o dia a dia
Sentir-se só na casa que é de dois
É comum nestes tempos, e depois
De tristeza se vive o dia a dia
E este sentimento de impotência
Vai macerando a alma, e assim
Cada um se pergunta; que há em mim
Que mais não sou que uma transparência?
Vai macerando a alma, e assim
Cada um se pergunta; que há em mim
Que mais não sou que uma transparência?
E eis que chega a vez de responder
Com o silêncio que há nos ofendidos
Deixando ao outro vez de se doer
Com o silêncio que há nos ofendidos
Deixando ao outro vez de se doer
E o que ao silêncio não quis dar ouvidos
Um dia escutará a porta, que ao bater
Com o fragor, abafa alguns gemidos!
Um dia escutará a porta, que ao bater
Com o fragor, abafa alguns gemidos!
TAMBÉM PODE VER EM VÍDEO NUMA BELA FORMATAÇÃO DA AMIGA DIONI FERNANDES VIRTUOSO
CIG
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género
Presidência do Conselho de Ministros
Sintra - Portugal - 10 Setembro 2013
3 comentários:
Olá Suzana e Eugênio,
Só posso aplaudir de pé o que vi e li aqui. Vocês utilizam através de belos poemas, arte e texto o que considero importante para as pessoas lerem.
Se me permitirem gostaria de repassar para grupos que vocês não estão. Esta mensagem deve ser lida por todos se fosse possível.
Abraços fraternos,
Beki
Olá amigos! Poetas queridos!
Junto minha admiração ao mérito desta matéria cheia de beleza e utilidade pública, por excelência!
Aplausos... queridos Eugénio, Susana e a todos que de modo geral emprestaram sua arte para tornar esta página tão importante e bela!
Abraços e meu carinho!
Rita Rocha
Olá Eugénio e Suzana!
Parabéns pelas postagens,só nos acrescenta.
Abraços, Amélia
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