Um Natal injusto
Eugénio de Sá
De
um serão já perdido num tempo
de antigas memórias
de antigas memórias
ficou-me
uma gravada “a fogo lento”
vivida
de verdades,
não
de estórias.
De
palavras choradas,
dá-me
testemunho.
De
injustiças passadas
e
amarguras gritadas, em silêncio,
zurze
como um punho!
Foi
noite de Natal
numa
pequena aldeia.
Um
velho, na janela,
esculpia
a tristeza emoldurada
num
caixilho de ansiedade.
A mesa, atrás de si,
lotara-se de ausências.
Era
uma esperança sem tempo
num
parapeito feito de ansiedades.
Então,
nessa noite sem fim,
a
vida deu lugar à morte,
solitária,
infundada, mas definitiva!
E a janela triste encheu-se...de esquecimento.
Sintra - Portugal - Dezembro 2013
Veja também em vídeo na bela formatação do amigo Dorival Campanelle
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