27/JAN/2015
No dia mundial da memória
do Holocausto
Vis opróbrios
Eugénio de Sá
Flores ignoradas, tal as de Iroshima
C’os velhos escritos foram enterradas
Para nascerem rosas desfloradas
Pla raiva, nos altares da Palestina
Aço no peito, em vez do coração
Que as bombas lhes sejam aconchego
Quando esquecidos, se arrastem plo chão
Nos palcos do teatro do seu medo
Nesse oriente médio, vale d’incautos
Criam-se acéfalos bodes expiatórios
Que perpetuam velhos holocaustos
Que povo mereceu tão vis opróbrios
Que almas cansadas, que corpos exaustos
Ainda enfrentam tantos outros ódios?
Um comentário:
Como sempre, a poesia de nosso caro mestre, Eugénio de Sá, nos sensibiliza e nos faz refletir. Meus aplausos sempre ! Maria Luiza Bonini
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