PREITO A
SINTRA
Eugénio de Sá
Do teu quotidiano desfrutar
Inda nos alvoroços de criança
Não percebia então o meu olhar
Que frequentar-te é bem-aventurança
Inda nos alvoroços de criança
Não percebia então o meu olhar
Que frequentar-te é bem-aventurança
Em ti vivi, estudei, homem
me fiz
Oh bela Sintra, amada e feiticeira
Em ti amei, em ti eu fui feliz
Do alto do castelo às curvas da ribeira
Oh bela Sintra, amada e feiticeira
Em ti amei, em ti eu fui feliz
Do alto do castelo às curvas da ribeira
De incomparável verde a
serrania
Donde brotam nascentes de água pura
Vertidas em esplendores e em estesia
Em levadas que as leva a pedra dura
Donde brotam nascentes de água pura
Vertidas em esplendores e em estesia
Em levadas que as leva a pedra dura
P’ra todo o lado é lindo o
horizonte
E os pontos cardeais assim honrados
Mostram esplendores mesmo ali defronte
Que nos deixam os olhos extasiados
E os pontos cardeais assim honrados
Mostram esplendores mesmo ali defronte
Que nos deixam os olhos extasiados
E as belas fontes que Byron
cantou
Dizem baixinho assim, alegremente:
Bebam de mim est’água que vos dou
Provem a vida da minha nascente!
Dizem baixinho assim, alegremente:
Bebam de mim est’água que vos dou
Provem a vida da minha nascente!
EM SINTRA,
COM O TEU AMOR
Susana Custódio
Vila de sonho, ao
entardecer
Onde o som das fontes parece falar
De ecos que não logro esquecer
Nem o meu coração acalmar
Onde o som das fontes parece falar
De ecos que não logro esquecer
Nem o meu coração acalmar
Em Sinta, há timbres do
romance
O vento sopra, como que a gritar
Não permitindo que descanse
Agitando as folhas secas no ar
O vento sopra, como que a gritar
Não permitindo que descanse
Agitando as folhas secas no ar
Por aqui, o amor estará
escondido
Procuro, o cansaço me entorpece
Na ideia triste de tê-lo perdido
Procuro, o cansaço me entorpece
Na ideia triste de tê-lo perdido
Seco prantos, calo todas as
penas
E por momentos até me parece
Ver que, de muito longe, me acenas
E por momentos até me parece
Ver que, de muito longe, me acenas
Notas
: A origem de Sintra dilui-se com a da
própria Nação Portuguesa. A serra e a planície foram habitadas desde tempos
remotos, como atestam a existência de dólmens e necrópoles e ainda outras
relíquias como os utensílios pré-históricos em exposição no Museu Municipal
daquela Vila.
Da ocupação romana, restam lápides e urnas funerárias, junto do mausoléu circular, no Museu Arqueológico de Odrinhas. Os romanos chamavam à serra de Sintra "Mons Lunae" ou Montanhas da Lua. Situada a escassos 20 quilómetros da capital lusitana, e servida por excelente rodovia, Sintra é famosa pela frescura da frondosa mata que a envolve, pela beleza dos seus monumentos e pelas delícias da sua doçaria regional.
A Vila foi conquistada por D.Afonso Henriques aos Mouros em 1147, logo após a tomada de Lisboa.
Lá no alto, serpenteando entre dois cumes, domina o Castelo dos Mouros encimando uma paisagem de agrestes fragas e frondoso arvoredo, que se estende até ao povoado, 400 metros abaixo.
No Palácio Nacional da Vila entre alguns notáveis salões, avulta a sala Moura, onde é possível apreciar, entre outros muito antigos, alguns dos escassos espécimes da azulejaria dos azulejos (“al zuleic”) em corda, originais da escola árabe de azulejaria de Cuenca, em Espanha. O palácio é um dos mais importan-tes exemplares portugueses de arquitetura realenga e por isso classificado de Monumento Nacional.
Este secular conjunto palaciano é dominado pelas duas grandes chaminés geminadas que coroam a cozinha e constituem autêntico «ex-libris» da antiga e linda Vila da Estremadura portuguesa. O Palácio da Pena, um autêntico castelo de conto de fadas, representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitetônico do século XIX em Portugal e na Europa.
Da ocupação romana, restam lápides e urnas funerárias, junto do mausoléu circular, no Museu Arqueológico de Odrinhas. Os romanos chamavam à serra de Sintra "Mons Lunae" ou Montanhas da Lua. Situada a escassos 20 quilómetros da capital lusitana, e servida por excelente rodovia, Sintra é famosa pela frescura da frondosa mata que a envolve, pela beleza dos seus monumentos e pelas delícias da sua doçaria regional.
A Vila foi conquistada por D.Afonso Henriques aos Mouros em 1147, logo após a tomada de Lisboa.
Lá no alto, serpenteando entre dois cumes, domina o Castelo dos Mouros encimando uma paisagem de agrestes fragas e frondoso arvoredo, que se estende até ao povoado, 400 metros abaixo.
No Palácio Nacional da Vila entre alguns notáveis salões, avulta a sala Moura, onde é possível apreciar, entre outros muito antigos, alguns dos escassos espécimes da azulejaria dos azulejos (“al zuleic”) em corda, originais da escola árabe de azulejaria de Cuenca, em Espanha. O palácio é um dos mais importan-tes exemplares portugueses de arquitetura realenga e por isso classificado de Monumento Nacional.
Este secular conjunto palaciano é dominado pelas duas grandes chaminés geminadas que coroam a cozinha e constituem autêntico «ex-libris» da antiga e linda Vila da Estremadura portuguesa. O Palácio da Pena, um autêntico castelo de conto de fadas, representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitetônico do século XIX em Portugal e na Europa.
E.Sá
Veja também o maravilhoso vídeo com formatação do amigo Dorival Campanelle
Um comentário:
Bellísimos poemas dedicados a Sintra, vuestra hermoso lugar de residencia. Yo estuve allí en los años 90, y me gustó muchísimo, es de lo más bonito de Portugal, y en verano es fresco. Con sus palacios manuelinos, sus pabellones, el Castillo de los Moros, las mansiones señoriales que jalonan las pendientes...Hermoso lugar donde los haya.
Muchos besos, Susana y Eugénio.
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