quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A SUBLIME LIÇÃO DOS SOLDADOS DA PAZ - um apontamento de Eugénio de Sá


A sublime lição dos soldados da paz


( Um apontamento de Eugénio de Sá )

Neste deserto global da indiferença humana em que vemos transformar-se a sociedade, sobretudo a sociedade cosmopolita, os bombeiros voluntários constituem autênticos oásis de solidariedade e de esperança, que mostram que nem tudo está perdido. Outras classes há que, pela sua estimável ação, são igualmente dignas de menção e justo aplauso, sem dúvida, mas os “nossos” bombeiros ocupam, indiscutivelmente, o altar mais alto da admiração coletiva.
 


(ver desenvolvimento abaixo)



O toque da sirene sobrepõem-se aos afazeres e aos passatempos dos que se encontram em prontidão, ou, dos que o não estando, sabem que a sua presença pode ser um importante reforço aos que vão enfrentar-se com os acidentes provocados pela natureza ou pelo seu semelhante, quer seja por infortúnio, por incúria ou desleixo, ou ainda por tantas outras causas, cujos efeitos eles ajudam a minorar, sem se poupar a esforços e sacrifícios, nem questionar ou emitir juízos de valor.

Dão-se simplesmente, tantas vezes com o risco da própria vida, para tentar salvar outras, honrando a máxima universal da sua classe: “vida por vida”.

Quantos de nós não tomamos conhecimento ou assistimos já – ao vivo, ou em directo, pela TV – a espectaculares acções destes benditos soldados da paz? – Podemos, certamente, dizer que lhes perdemos a conta, tal a profusão de situações de típica intervenção dos nossos abnegados e gloriosos bombeiros e bombeiras, hoje já em grande número.

E não se pense que, apesar de voluntários, estes homens e mulheres não estão preparados e treinados para operar. - Ao contrário; a sua disciplina e coordenação com a respectiva cadeia de comando é perfeita e a qualidade da sua acção irrepreensível e altamente eficaz, ao invés do que, infelizmente, vem acontecendo com outros sectores “ditos” profissionais.

Parafraseando Lord Winston Churchill, então em tempo de guerra, direi sobre a valia social dos bombeiros voluntários - e, também, com inteira justificação -que, em tempo de paz; “nunca tantos deveram tanto a tão poucos” .

Saibamos aproveitar a lição de solidariedade destes verdadeiros soldados da paz, que não desertam perante o perigo e que sabem oferecer, sem hesitações, a sua vida, em holocausto, sempre que está em causa a salvação da do próximo e a dos seus bens.



Eugénio de Sá



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