domingo, 4 de agosto de 2013

LUA CHEIA, um soneto de Eugénio de Sá

Entre o aquém e o além, doce penumbra
quando anuncias a noite branda e fria
A ti se vergam os esplendores do dia
Suspensos dessa alvura que deslumbra.

Que feitiços são os que configuras?
Porque uivarão a ti os cães e os lobos?
- Será que, deslumbrados, eles todos
Te amam, quais humanas criaturas?

Mãe das filhas da rua, que segredos
Guardarás tu no teu lado sombrio;
Que espantos, que misérias, e que medos?

Desvendá-los ? - Pra quê, que calafrios
se sentiriam lembrando os bruxedos
que à tua luz forjaram... desvarios !
Sintra - Portugal - Agosto 2013


Arte e Formatação:
AugustaBS
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito lindo poema Eugénio, bem apropriado no dia da super lua.Tua lua tem mistérios é encantada.Parbéns, belo soneto.Bjs.Malu

Unknown disse...

Não encontro mais adjetivos para a constante e magnífica inspiração do poeta Eugénio de Sá. Aplaudindo sempre, deixo o meu abraço. Maria Luiza Bonini - São Paulo - Brasil