Entre o aquém e o além, doce
penumbra
quando anuncias a noite branda e fria
A ti se vergam os esplendores do dia
Suspensos dessa alvura que deslumbra.
Que feitiços são os que configuras?
Porque uivarão a ti os cães e os
lobos?
- Será que, deslumbrados, eles todos
Te amam, quais humanas criaturas?
Mãe das filhas da rua, que segredos
Guardarás tu no teu lado sombrio;
Que espantos, que misérias, e que medos?
Desvendá-los ? - Pra quê, que calafrios
se sentiriam lembrando os bruxedos
que à tua luz forjaram... desvarios !
Sintra - Portugal - Agosto 2013
Arte e Formatação:
AugustaBS
2 comentários:
Muito lindo poema Eugénio, bem apropriado no dia da super lua.Tua lua tem mistérios é encantada.Parbéns, belo soneto.Bjs.Malu
Não encontro mais adjetivos para a constante e magnífica inspiração do poeta Eugénio de Sá. Aplaudindo sempre, deixo o meu abraço. Maria Luiza Bonini - São Paulo - Brasil
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