domingo, 19 de julho de 2015

AINDA A TEMPO, um poema ( em sextilhas ), de Eugénio de Sá

(Sextilhas)

Ainda a tempo
Eugénio de Sá


Voltaste, fiquei feliz que voltaste!
Deste-te agora razão à razão que renegaste.
Voltaste, e a casa ficou mais quente
 E este velho coração que um dia quase morreu
Voltou a bater mais forte, de novo junto do teu
Sentindo que perdoar premeia a alma da gente.


E depois, erros maiores quem jura não cometer?
 Mas sempre haverá lugar ao direito a reviver
Sem prolongar, por orgulho, dolorosas agonias
Afinal um olhar doce afirma arrependimento
Se o cruzarmos com amor mostrando entendimento
E a vida fica mais leve sem estéreis teimosias.


Voltaste, ainda bem que voltaste!
Voltou a vida aos recantos desta casa que deixaste
E até as flores da sacada voltaram a renascer
Felizes de ouvir-te a voz e o teu riso estridente
Que os passos que se deram não ecoem no presente
Nem se arrastem no futuro que temos para viver.


Eugénio de Sá

Sintra - 15.Julho.2015 

5 comentários:

Irene Marques disse...

Sem sombra de dúvida que "a vida fica mais leve sem estéreis teimosias"

Parabéns pela mensagem poética, Eugénio!

Negra Poetisa disse...

Parabéns amigos linda poesia!!!! Grande abraço!!!!

Anônimo disse...

Alô, poetas amigos!
Envio minha saudação fraterna do Rio de Janeiro, Brasil. Desejo-lhes sucesso, saúde, paz e muitos parabéns pelo site.
Elza Valéria

SanCardoso disse...

Aplausos, pelo teu sensível poema! Beijos ternos

Iracema Raizer disse...

É sempre gratificante ler poesia escrita
com o carinho tão especial e o dom que
nos cativa! Obrigada, Cema.