sábado, 26 de janeiro de 2008

O VENTO QUE TE TROUXE QUE TE LEVE - Acróstico de Susana Custódio

 


  
 O VENTO QUE TE TROUXE QUE TE LEVE  - Acróstico

(Susana Custódio)



O amor de um fidalgo

V eio até mim...pensei algo
E ntusiasmada pelo prazer.
N
um momento de galanteio
T ive sonho, devaneio...
O melhor que pode acontecer

Q uimeras! Quem as não tem...
U ma atracção por alguém
E mbala-nos nesse caminho.

T
udo! Quando não há mais ninguém 
E mperrando o nosso carinho.

T rocámos afecto, fantasias
R epetindo todos os dias
O bem que repartimos.
U ns espaços de ternura
X aile na sua cobertura
E ncobre-nos todos os mimos.

Q uando alguém quebra a promessa...
U ma facada na amizade
E
noja-nos, é falsidade...
 

T emos então a nossa pressa
E m voltar à liberdade.

L eva para longe esse teu feitio
E nvolve-o com todo o jeito,
V ive bem esse desafio
E ncontrando alguém perfeito.





Sintra – Janeiro de 2008



AMIGOS DE OIRO OU DE LATÃO





P’ela vida vamos caminhando
E com tanto caminhar
Pessoas vamos encontrando
Que afectos nos querem dar,

Com o passar do tempo vamos amando,
Esses antes que eram desconhecidos
E sem sabermos ainda se são oiro ou latão
Temos o costume de chamar de amigos.

Passamos o tempo
Sempre com eles no coração
Damos e recebemos mimos
Contudo os falsos se mostram
Na primeira discussão,
E verificamos que foi uma grande ilusão
Pois cegos de amizade estávamos
E não soubemos destrinçar
Que esses não eram oiro
Afinal eram de vulgar latão

É assim com bofetadas
Sejam elas dadas com palavras
Ou até mesmo com a mão
Que vamos destrinçando
Os falsos dos verdadeiros amigos
E aprendemos esta grande lição


Susana Custódio

(17-01-2008)

TRISTEZA um poema de Susana Custódio

TRISTEZA

Susana Custódio


Ah, esta tristeza que me definha!
É como fogo que me consome,
É como ter vontade de comer e não ter fome!
- Esta tristeza é dor que no coração se aninha…

Quisera eu que ela não fosse minha,
Para este mal não há remédio que eu tome
E que me deixe escrever nestas linhas,
Que a mágoa que sinto… é enorme;

Tristeza de não sentir uma boca na minha,
Esmagando-a até à morte,
Arrancando-me a alma plo caminho,

Com o desespero louco de dor forte.
- Vou-me elevando aos ares como avezinha
Dorida, só, sem rumo, sem norte, esperando a morte!


                                                                                     
Ano: 1978




Sintra - Portugal - Janeiro 2008

CERTIFICADO DOS POETAS DEL MUNDO_ CÔNSUL DE SINTRA








SINTRA - JANEIRO DE 2008








domingo, 13 de janeiro de 2008

ACRÓSTICO - AUTOR: ZÉ-ALBANO






ACRÓSTICO -- "Maria Susana Martins Custódio" (Autor; Zé-Albano)


M enina e moça! Olho-a assim...
A mais bela de um jardim
R egada pela virtude.
I nteressada, de princípio a fim
A semear o bem amiúde.



S ensual! Mas que ternura
U ma musa na cultura
S incera, ama a verdade.
A njo perante o carinho
N ão deixa de ser diabinho
A o pressentir a maldade

M ultifacetada na arte,
A plicações em poesia
R evelam em qualquer parte
T oda a sua sabedoria.
I ncansável, com sede de aprender
N a sua nata filosofia
S abe muito bem reger.

C ursos! Tantos que tem...
U ma poliglota genuína,
S ublime a formatar, e tão bem
T oda a imagem! Mesmo a mais fina...
O s amigos, deste lado
D amos-lhe tudo o que merece,
I ndiferentes, ao seu estado
O seu talento, não esquece.


DESAPEGO um poema de Susana Custódio





DESAPEGO
 

(Susana Custódio) 


É este não saber o que quero,
Que me amargura,
Que me dá este desassossego
Que me persegue e em mim perdura
A vontade de tudo querer
 E logo este desapego!

Esta vontade não sei de quê, é dura!
Sinto o meu peito em chaga…
Eu queria tanto um amor doçura,
Esta falta que sinto me esmaga…

Todo o meu ser é confusão,
Quero pensar e não me compreendo…
Toda esta vida é uma ilusão
Só eu sei como estou sofrendo!

Ah! Seu eu tivesse alguém a quem beijar,
Que me tirasse este desejo,
Esta ânsia de amar!
Eu daria a minha vida por esse beijo



Poema escrito em : 1969

Sintra - Portugal -  Janeiro 2008





QUANDO um poema de Susana Custódio






Quando



(Susana Custódio)

  Naquele jardim, te afastaste
E já longe gritaste!
Corre para mim...
Eu, louca fui correndo,
Abriste os teus braços...me agarraste...
Rodopiando num louco frenesim!

Quando
Naquele barco
Que lento ia cortando as águas do Sado,
Com a tua viola...
Dedilhando nas cordas "Les feuilles Mortes”
E a tua voz grave cantava a doce melodia!!!
Esquecemo-nos de tudo e de todos,
E de olhos nos olhos eu te ouvia...
Amando-te cada vez mais!!!Quando
Nas dunas da praia nos deitámos
E nos amámos,
Entre beijos, carícias e gemidos!!!
 
Quando
Hoje olho para ti...
A saudade me invade...
EU continuo a ser EU!
E TU já não és TU!
És a sombra daquele,Quando
No jardim...
No barco...
Nas dunas...
Me amaste!!!

Um poema escrito em 1998


Sintra - Portugal - Janeiro de 2008


PARA OUVIR O POEMA DECLAMADO NA VOZ DE SUSANA CUSTÓDIO
 

sábado, 12 de janeiro de 2008

ROSAS BRANCAS um poema de Susana Custódio

ROSAS BRANCAS

Susana Custódio


Este amor tão grande, cheio de brancura
À espera da manhã em que o sol resplandeça
Para me dar toda a ti, assim pura…

Este amor por ti…sinto-o tão verdadeiro
E ainda que ele me enlouqueça
Quero dar-te o meu corpo inteiro!

Mas o mundo não quer crer
Que um amor  assim será eterno
E eu tenho vontade de morrer!

Este amor sem porvir, furta-me a alma, a candura
Há-de levar-me cheia de pecado ao inferno
E tu, colocarás rosas brancas na minha sepultura!


 
escrito em
1979

Sintra - Portugal - Janeiro 2008



BEIJOS


BEIJOS


Se a pena que tenho na mão
Escrevesse o meu sentir…
Mas que ilusão!
Quantos anos perdidos em vão!
A esta inércia tu me votaste,
Fizeste de mim um ser doído!
Nem imaginaste!

Que os beijos que me não deste,
Levaram-nos os anjos ao céu azul celeste…
Para lá ir buscá-los, é longe…
E não consigo voar!
As asas do amor estão quebradas,
Não consigo sair do chão!
Dói-me a alma rasgada de ilusão,
A boca desfigurada de emoção!

Os beijos que me não deste,
São o sonho, o desespero, arrastados p’las ruas
Frias e nuas de amor ardente!

Os beijos que me não deste!
São dor! Dor na alma, no coração eivado…

Os beijos que me não deste
São como estrelas cadentes,
Que meus olhos olharam!
E na minha boca não poisaram…
São dor afiada,
Batendo a esta morada!
Despertando dores lancinantes,
No meu corpo de ninfa encantada!
Que num momento me leva ao fim de tudo,
E me lembra o limbo,

Dos beijos que me não deste!
Como o sofrimento
Da dor que não sei onde dói!...


Susana Custódio

Poema escrito em 1979