terça-feira, 2 de setembro de 2008

MANIFESTO um Poema de Manuel de Lima na voz de Susana Custódio



MANIFESTO


Obrigai um homem
A querer o que não quer;
A amar o que o que detesta;
A sentir o que não sente;
A rir…quando não acha graça:
A passear…quando lhe não apetece…


Empurrai-o com violência
Para o abismo que evita;
Para a mentira da Verdade;
Para a ilusão que o irrita…

Obrigai-o a falar
Para lhe tapardes a boca!

Atirai-o à valeta
E mijai-lhe por cima!

Chamai-lhe de louco!
…e ainda é pouco!

Exigi-lhe que dê,
Sem nada lhe dar…

E depois?
Cair-vos-á em cima
A ruína que dele fizestes!
Caireis em cova funda
Mais funda que a dele!
E ficareis à espera
Que alguém vos dê a mão…

Será tarde…porque morrestes!

E só ele, que empurrastes,
Viverá!!!

E vós?...NÃO!!!


Portugal - Barreiro, Ano de 1973

PODE OUVIR DECLAMADO NA VOZ DE SUSANA CUSTÓDIO

sexta-feira, 16 de maio de 2008

EU POESIA



 



EU POESIA

Essa dança imensa de letras
Que anda na minha mente a bailar
Faz-me pegar em canetas
Escrevendo saudades e o verbo amar

Do meu estado de ansiedade
Versos nascem num instante
A inspiração é o meu diamante
O que sai da caneta é a verdade



Transmito aos outros um estado de apatia
A escrita vai surgindo como magia
Tudo em perfeita sincronia
Fim d’uma peça de teatro de bela coreografia

Entre risos e aplausos, pergunto
Afinal o que sou eu?
Vozes respondem em perfeita harmonia
Tu és poesia!


SUSANA CUSTÓDIO

(04 de Maio de 2008)

sábado, 26 de abril de 2008

PRIMAVERA um poema de Susana Custódio


Primavera
 (Susana Custódio)

Tormentas! Voaram do regaço,
Foi-se da boca o sabor antigo,
Céu azul ao alcance do meu braço!
Nos olhos um sorriso amigo…

P’ra chegar junto de ti só um passo,
O tempo cinzento foi inimigo!
Agora quero dar-te um abraço,
E poder gritar isto que digo!
A Primavera enche ocos corações,
Chegou enfim, linda a amena estação,
Foi-se embora o tempo da solidão!
É hora de tomar muitas decisões,
Ornar a vida com vastas flores,
Encher a alma com novos amores!



Março de 2008


Sintra - Portugal -  Março  de 2008




TRILOGOGIA II





TRILOGIA II

Tu me chamaste p'las ruas das quimeras,
E o teu olhar terno me envolveu,
Alegrou-se o meu coração, estremeci, foi...

AMOR

O meu corpo ficou ao abandono
Tomaste-o em horas infindas
Entre gemidos, carícias e beijos cheios de

CALOR

Ainda hoje fecho docemente os olhos
Crepúsculos sucedem-se sem te ver!
Rios de flores correm p'la minha face, lágrimas de

DESILUSÃO




Sintra, 04 de Março de 2008


http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=31957

CERTIFICADO DA ACADEMIA VIRTUAL SALA DE POETAS -AVSP

CIDADE DA BEIRA_MOÇAMBIQUE

LANÇAMENTO DO LIVRO "O REBELDE" DE MANUEL DE LIMA - PALÁCIO DAS GALVEIAS

 APRESENTAÇÃO FEITA PELO GRANDE AMIGO PADRE MÁRIO DE OLIVEIRA

LANÇAMENTO DO LIVRO "O REBELDE" DE MANUEL DE LIMA

PALÁCIO DAS GALVEIAS




FIM DO CURSO _ TIC 06 - ANO: 2006

BENFEITA_TERRA NATAL DE MEU AVÔ MATERNO (MONTAGEM DE SUSANA CUSTÓDIO)

BENFEITA (Perto de Arganil) A Terra Natal de Meu avô Materno



  A Terra Natal de Meu Avô Materno

sexta-feira, 28 de março de 2008

PERDIDA DE TI de Susana Custódio






PERDIDA DE TI

Tento ver-te entre a multidão
Procuro-te no meio das ruas
Dentro daquela linda canção

Mas não te encontro

Procuro no horizonte onde
O céu fica mais perto de mim
Encontrar os teus olhos cor de alecrim

Mas não te encontro

Na beira-mar vigio as ondas
Tiro a roupa e nelas mergulho
No fundo das areias vasculho
Emirjo com mãos vazias de ti
As lágrimas correm com pena de mim

Mas não te encontro

Corro pelos campos verdes em flor
Pensando atenuar esta imensa dor
Quero voar com as borboletas
Na direcção dos cometas

Mas não te encontro

Neste louco caminhar
Continuarei a te procurar
Para o meu amor te dar

Por agora digo-te:
Já que não posso ver o teu rosto
Tocar a tua mão
Entrar dentro do teu coração
Apertar-te nos meus braços
Envio-te a minha alma através
Do tempo e do espaço


SUSANA CUSTÓDIO 


( 04-02-2008)


























ADEUS POR ENQUANTO um poema de Susana Custódio





ADEUS POR ENQUANTO

O meu amor é como o vermelho,
D’uma rosa vermelha recém-nascida em Junho
O meu amor é como a melodia
Que é docemente tocado em sintonia
Meu amor, aqui eu testemunho
Então, em profundo amor estou eu:
Continuarei amar-te ainda,
Até que todos os mares sequem:
Até que as rochas derretam com o Sol
O meu amor é assim profundo e lindo
Continuarei amar-te ainda a ti querido,
Enquanto as areias da vida vão caindo!
Por agora,
Digo-te adeus meu único amor!
Adeus, só por enquanto!
Um dia, eu voltarei de novo, meu amor
Mesmo que leve esta minha vida rindo
Em completo pranto!



SUSANA CUSTÓDIO

(16-01-2008)




A FIGUEIRA


 




A FIGUEIRA


Em casa do meu avô havia um quintal
Tinha lá uma maravilhosa Figueira
Uma árvore de folhas verdes já ancestral
Seus figos eram uma autêntica petisqueira

Esta Figueira era para todos muito especial
Todos nós reunidos em alegre cavaqueira
Sob a sombra desta Figueira sentimental
E é esta uma homenagem feita à minha maneira






CIRANDA DA (MERIAM LAZARO)
( 22 de Março de 2008)

SUSANA CUSTÓDIO




ENTRE


 
ENTRE a noite e o dia

Há o espaço do sonho

ENTRE o sonho e a realidade

Há este espaço medonho

*******

Poema para A CIRANDA

com o tema ENTRE
















TRILOGIA 1






TRILOGIA I


Perscrutando na escuridão
A imensidão do Mundo, sem fim…
Não vêem o que de verdade há em si.
Assim estão os meus
OLHOS

Tristes, meigos e lindos…
Virados para esta paisagem infinda
Não sabem a tristeza disfarçar!
Mesmo assim são belos estes
OLHARES

Que exprimem dor!...
Milhentas vezes, desilusões
Existem para me atormentar o coração
Como telas pintadas de amor, serão
VISÕES
************

SUSANA CUSTODIO


(01-03-2008)


















































sábado, 1 de março de 2008

APREGOADOR DE ILUSÕES



APREGOADOR DE ILUSÕES


Vendes ilusões! Fazes disso uma rotina...
Pessoa leviana, mentes em surdina
Escrevendo e falando
Habilmente desencadeias
Amores virtuais através da tua teia.

Mostras-te meigo e dócil na oração,
Assim lhes vais falando ao coração.

Tentas moldá-las com a tua fantasia
Atropelas, tudo e todas com heresia
Desenvolvendo o teu (des)gosto.?
Mentiroso, sempre alerta no teu posto,
Caminhas …Imparável! Assediando...
Mas acabas, sempre! Faltando
Ao que tu próprio tinhas proposto.

Logo portanto não há quem satisfaça
Os teus impuros actos e pensamentos
Porque tu és a própria desgraça
Que se ri dos teus sentimentos




Susana Custódio
2008

O NOSSO ENCONTRO

 


O NOSSO ENCONTRO

O “ALFA” entrou estridente na estação!
Depois em passos lentos vieste até mim,
Figurinha triste de olhar nú!
Eu chamei-te e tu sorriste,
Daquela estação partimos os dois,
Andamos perdidos naquela garagem,
Tantas vezes -- que mais parecia uma grande viagem--!
Até encontrar a porta da libertação…
Que afinal era um elevador!
Uma máquina cheia de vigor…
Atrasados numa grande aflição!!!
Que nos conduziria para a esquerda,
Ao tal “encontro de poesia”…
Que de tão patético que foi,
Tornou-se numa grande agonia!
Foram umas horas de pura perda
Que até provocou azia!
E resumindo…
Foi assim aquele estúpido dia!!!

Susana Custódio

01-02-2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

ACRÓSTICO

ACRÓSTICO – ELVINO DO NASCIMENTO

(Setenta Anos)





S enhor aniversariante
E lvino do Nascimento,
T em esta data importante
E m que festeja outro nascimento.
N estas sete décadas de vida
T eve um constante movimento
A legrando em utopia divertida.


A ssim os contas, assim os somas
N esse teu rico historial...
O ra mesmo que pouco comas
S oma mais metade, no total.



HOMENAGEM AO PAI DO MEU FILHO NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO
(10-02-2008)

MOMENTOS DE AMOR



E nesse lugar lá tão distante
M undo pleno de cores e cheiros
A
lmas as nossas de paixão exuberante
N
esse sol abrasador em nós qual guerreiro

U
m grito desesperado, angustiante
E
cheio de amor verdadeiro
L
eva-nos a esta loucura sufocante

M omentos estes em nós gravados
O s esqueceremos jamais
R
apsódias líricas a nós sonegadas
E
ncontros sempre mágicos e imortais
I
maginados numa tela antiga pintada
R
etratando-os em cores ancestrais
A
mor revivido com o som da nossa risada

SUSANA CUSTÓDIO
(10-02-2008)

sábado, 26 de janeiro de 2008

O VENTO QUE TE TROUXE QUE TE LEVE - Acróstico de Susana Custódio

 


  
 O VENTO QUE TE TROUXE QUE TE LEVE  - Acróstico

(Susana Custódio)



O amor de um fidalgo

V eio até mim...pensei algo
E ntusiasmada pelo prazer.
N
um momento de galanteio
T ive sonho, devaneio...
O melhor que pode acontecer

Q uimeras! Quem as não tem...
U ma atracção por alguém
E mbala-nos nesse caminho.

T
udo! Quando não há mais ninguém 
E mperrando o nosso carinho.

T rocámos afecto, fantasias
R epetindo todos os dias
O bem que repartimos.
U ns espaços de ternura
X aile na sua cobertura
E ncobre-nos todos os mimos.

Q uando alguém quebra a promessa...
U ma facada na amizade
E
noja-nos, é falsidade...
 

T emos então a nossa pressa
E m voltar à liberdade.

L eva para longe esse teu feitio
E nvolve-o com todo o jeito,
V ive bem esse desafio
E ncontrando alguém perfeito.





Sintra – Janeiro de 2008



AMIGOS DE OIRO OU DE LATÃO





P’ela vida vamos caminhando
E com tanto caminhar
Pessoas vamos encontrando
Que afectos nos querem dar,

Com o passar do tempo vamos amando,
Esses antes que eram desconhecidos
E sem sabermos ainda se são oiro ou latão
Temos o costume de chamar de amigos.

Passamos o tempo
Sempre com eles no coração
Damos e recebemos mimos
Contudo os falsos se mostram
Na primeira discussão,
E verificamos que foi uma grande ilusão
Pois cegos de amizade estávamos
E não soubemos destrinçar
Que esses não eram oiro
Afinal eram de vulgar latão

É assim com bofetadas
Sejam elas dadas com palavras
Ou até mesmo com a mão
Que vamos destrinçando
Os falsos dos verdadeiros amigos
E aprendemos esta grande lição


Susana Custódio

(17-01-2008)

TRISTEZA um poema de Susana Custódio

TRISTEZA

Susana Custódio


Ah, esta tristeza que me definha!
É como fogo que me consome,
É como ter vontade de comer e não ter fome!
- Esta tristeza é dor que no coração se aninha…

Quisera eu que ela não fosse minha,
Para este mal não há remédio que eu tome
E que me deixe escrever nestas linhas,
Que a mágoa que sinto… é enorme;

Tristeza de não sentir uma boca na minha,
Esmagando-a até à morte,
Arrancando-me a alma plo caminho,

Com o desespero louco de dor forte.
- Vou-me elevando aos ares como avezinha
Dorida, só, sem rumo, sem norte, esperando a morte!


                                                                                     
Ano: 1978




Sintra - Portugal - Janeiro 2008

CERTIFICADO DOS POETAS DEL MUNDO_ CÔNSUL DE SINTRA








SINTRA - JANEIRO DE 2008








domingo, 13 de janeiro de 2008

ACRÓSTICO - AUTOR: ZÉ-ALBANO






ACRÓSTICO -- "Maria Susana Martins Custódio" (Autor; Zé-Albano)


M enina e moça! Olho-a assim...
A mais bela de um jardim
R egada pela virtude.
I nteressada, de princípio a fim
A semear o bem amiúde.



S ensual! Mas que ternura
U ma musa na cultura
S incera, ama a verdade.
A njo perante o carinho
N ão deixa de ser diabinho
A o pressentir a maldade

M ultifacetada na arte,
A plicações em poesia
R evelam em qualquer parte
T oda a sua sabedoria.
I ncansável, com sede de aprender
N a sua nata filosofia
S abe muito bem reger.

C ursos! Tantos que tem...
U ma poliglota genuína,
S ublime a formatar, e tão bem
T oda a imagem! Mesmo a mais fina...
O s amigos, deste lado
D amos-lhe tudo o que merece,
I ndiferentes, ao seu estado
O seu talento, não esquece.


DESAPEGO um poema de Susana Custódio





DESAPEGO
 

(Susana Custódio) 


É este não saber o que quero,
Que me amargura,
Que me dá este desassossego
Que me persegue e em mim perdura
A vontade de tudo querer
 E logo este desapego!

Esta vontade não sei de quê, é dura!
Sinto o meu peito em chaga…
Eu queria tanto um amor doçura,
Esta falta que sinto me esmaga…

Todo o meu ser é confusão,
Quero pensar e não me compreendo…
Toda esta vida é uma ilusão
Só eu sei como estou sofrendo!

Ah! Seu eu tivesse alguém a quem beijar,
Que me tirasse este desejo,
Esta ânsia de amar!
Eu daria a minha vida por esse beijo



Poema escrito em : 1969

Sintra - Portugal -  Janeiro 2008





QUANDO um poema de Susana Custódio






Quando



(Susana Custódio)

  Naquele jardim, te afastaste
E já longe gritaste!
Corre para mim...
Eu, louca fui correndo,
Abriste os teus braços...me agarraste...
Rodopiando num louco frenesim!

Quando
Naquele barco
Que lento ia cortando as águas do Sado,
Com a tua viola...
Dedilhando nas cordas "Les feuilles Mortes”
E a tua voz grave cantava a doce melodia!!!
Esquecemo-nos de tudo e de todos,
E de olhos nos olhos eu te ouvia...
Amando-te cada vez mais!!!Quando
Nas dunas da praia nos deitámos
E nos amámos,
Entre beijos, carícias e gemidos!!!
 
Quando
Hoje olho para ti...
A saudade me invade...
EU continuo a ser EU!
E TU já não és TU!
És a sombra daquele,Quando
No jardim...
No barco...
Nas dunas...
Me amaste!!!

Um poema escrito em 1998


Sintra - Portugal - Janeiro de 2008


PARA OUVIR O POEMA DECLAMADO NA VOZ DE SUSANA CUSTÓDIO
 

sábado, 12 de janeiro de 2008

ROSAS BRANCAS um poema de Susana Custódio

ROSAS BRANCAS

Susana Custódio


Este amor tão grande, cheio de brancura
À espera da manhã em que o sol resplandeça
Para me dar toda a ti, assim pura…

Este amor por ti…sinto-o tão verdadeiro
E ainda que ele me enlouqueça
Quero dar-te o meu corpo inteiro!

Mas o mundo não quer crer
Que um amor  assim será eterno
E eu tenho vontade de morrer!

Este amor sem porvir, furta-me a alma, a candura
Há-de levar-me cheia de pecado ao inferno
E tu, colocarás rosas brancas na minha sepultura!


 
escrito em
1979

Sintra - Portugal - Janeiro 2008



BEIJOS


BEIJOS


Se a pena que tenho na mão
Escrevesse o meu sentir…
Mas que ilusão!
Quantos anos perdidos em vão!
A esta inércia tu me votaste,
Fizeste de mim um ser doído!
Nem imaginaste!

Que os beijos que me não deste,
Levaram-nos os anjos ao céu azul celeste…
Para lá ir buscá-los, é longe…
E não consigo voar!
As asas do amor estão quebradas,
Não consigo sair do chão!
Dói-me a alma rasgada de ilusão,
A boca desfigurada de emoção!

Os beijos que me não deste,
São o sonho, o desespero, arrastados p’las ruas
Frias e nuas de amor ardente!

Os beijos que me não deste!
São dor! Dor na alma, no coração eivado…

Os beijos que me não deste
São como estrelas cadentes,
Que meus olhos olharam!
E na minha boca não poisaram…
São dor afiada,
Batendo a esta morada!
Despertando dores lancinantes,
No meu corpo de ninfa encantada!
Que num momento me leva ao fim de tudo,
E me lembra o limbo,

Dos beijos que me não deste!
Como o sofrimento
Da dor que não sei onde dói!...


Susana Custódio

Poema escrito em 1979