domingo, 28 de julho de 2013

TRIETO - TENHO SAUDADES DO POETA Sá de Freitas - O POETA NÃO MORREU! Eugénio de Sá - POETA NÃO MORRE Humberto Rodrigues Neto




TENHO SAUDADES DO POETA

Sá de freitas

Tenho saudade daquele poeta
Que sorria e vivia feliz;
Que era capaz de compor
Ate quatro sonetos por dia
E que agora em quatro dias,
Consegue compor apenas um;
Tenho saudades daquele poeta
Que ficava horas no computador,
Se interagindo com quase todos
Que fazia homenagem aos amigos
E amigas e também era homenageado
Que brincava, ria e fazia rir,
Que tocava violão
E cantava nas festas…
Mas de repente a sua inspiração diminuiu,
Ele foi se afastando e sendo esquecido
E sumiu…
Não sei se ele foi descansar
Em algum lugar,
Ou se morreu dentro de mim,
Para nunca mais voltar.

Samuel Freitas de Oliveira

Avaré – SP - Brasil

O poeta não morreu!

Eugénio de Sá

( dedicado ao poeta-irmão Sá de Freitas, inspirado 
no seu texto “Tenho saudade do Poeta” )


Não, o poeta não morreu, irmão
Estás apenas letárgico, dormente
Quem sabe se te inspira, docemente
  De um momento pró outro, o coração…

Não morreu o poeta que há em ti
O asceta brasileiro, universal
Que deslumbrou Brasil e Portugal
Com os mais belos versos que já li

Que um poeta assim não morre mais
Aguarda os ventos como vela bamba
Que um dia voltarão, em vendavais

E então regressarás c’o a verve panda
Inda mais inspirado que jamais
Porque a poesia em ti é que mais manda

Sintra - Portugal 

POETA NÃO MORRE

Humberto Rodrigues Neto

Morre, nada! Um poeta nunca morre
e quando pára momentaneamente
é pra evitar que a sua agitada mente
queime fosfatos e os neurônios torre.

Não adianta queimar inutilmente
nossas pestanas sem que o verso jorre;
se dada inspiração não nos ocorre,
busquemo-la alguns dias mais à frente.

Boas rimas ninguém faz em tempo escasso,
pois só nos surgem ricas e bem feitas
após noites de insônia e de cansaço.

Só tempo e calma dão poesias perfeitas,
seja na rima, no metro ou no compasso,
e disso entende bem o Sá de Freitas!
  

São Paulo - Brasil

 

4 comentários:

A. João Soares disse...

Gosto deste debate entre poetas sobre poesia, arte que não domino e, talvez por isso, muito admiro, com espanto, de boca aberta perante, o resultado de trabalho de neurónios «torrados» até à exaustão.

O meus cumprimentos muito respeitosos aos que dominam esta arte.
João

Unknown disse...

Foi um momento muito feliz que me faz crer que os Poetas Mosqueteiros, que empunham a sua pena, estão mais inspirados e unidos do que nunca ! Meu caro Sá de Freitas, ao dizer que o poeta dentro dele, está morto, sem se aperceber escreve e inspira um dos mais belos trietos. Salve !!! Da admiradora dos incansáveis mosqueteiros, Maria Luiza Bonini

HAMILTON BRITO... disse...

Estive aqui e gostei de ter vindo.
Realmente, poeta não morre. Vai poetar em outro lugar.Meus parabéns a todos

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde,
O poeta nunca morre, ausenta-se fisicamente mas deixa as suas obras ao dispor de todos nós.

ag