terça-feira, 4 de junho de 2013

VELAS DESTA VIDA - EUGÉNIO DE SÁ

( quintilhas )
Velas desta vida


Eugénio de Sá



Velas ao vento, pandas, enfunadas

Cindindo as águas no sulco de um bote

Velas acesas pela madrugada

Lembram que a vida sofreu um derrote

Mostram que a morte é portal do nada!



Vela vigília, se o sono não vem

Porque a dor nos confunde, nos esmaga

Inútil espera quando se ama alguém

Alguém que considera sermos nada

E nada é o vazio que a noite tem!



Vela-se um rosto, vela-se um sorriso

Se a castidade impõe algum recato

Vela-se a dor sempre que é preciso

Adiarmos a vida por um trato

Se a consciência nos impõe juízo! 
Sintra - Portugal - 2013
Formatação:
AugustaBS

Vídeo  " Velas desta vida " com a excelente formatação do amigo Dorival Campanelle 



 



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