LANÇAMENTO DO LIVRO "CEM SONETOS" do poeta zé Albano

RESUMO DO LANÇAMENTO DO LIVRO
" CEM SONETOS "

Realizou-se o passado dia 14 de Outubro o lançamento do livro “ Cem Sonetos” da autoria do poeta Zé Albano. A cerimónia teve lugar na Casa das Beiras  em Lisboa.

A obra tem Prefácio do poeta e escritor Eugénio de Sá




Lisboa, 14 de Outubro de 2015 Lisboa

Susana Custódio e Eugénio de Sá




Da esquerda para a direita , na mesa estiveram:

- O Sr.José Francisco Gomes Monteiro, Presidente da Câmara        Municipal de Celorico da Beira , que se mostrou brilhante na abrangente alocução, ao falar do poeta como cidadão.
- Susana Custódio poeta, apresentou o poeta e leu um poema
- Eugénio de Sá escritor e poeta, apresentou a obra e leu dois    poemas
- Zé Albano, o poeta agradeceu a todos os presentes
- Julião Bernardes poeta e pintor, fechou a sessão e leu um dos poemas.








Prefácio da Obra “100 SONETOS”

Zé Albano, de seu nome completo José Albano Ferreira, define-se a si próprio como um admirador da franqueza e da lealdade, esforçando-se por em prática essas qualidades. “Sou alguém que procura estar atento ao que se passa ao meu redor, nunca abdicando do sentido de humor que faz parte do meu quotidiano”. Assim conta de si o autor de 100 sonetos, que acrescenta considerar-se um homem modesto, amigo e defensor da natureza, bem como da etnografia e gastronomia regionais, além de um apreciador confesso da beleza e da exuberância feminina no seu melhor.

A sua poesia

Sem abdicar da forma clássica, os seus sonetos são invariavelmente marcados pela “rima emparelhada”, um modelo menos conhecido mas nem por isso fora de regra.

Quem lhe conhece o trabalho poético, de longa data postado no conhecido site brasileiro  “Recanto das Letras”,  habituou-se a ler os seus ‘acrósticos’, modalidade em que se tornou notável. O mesmo se passa com a sua poesia erótica. 

Em 100 sonetos, Zé Albano mostra-se em todas as suas potencialidades como o poeta versátil que é, um homem que conhece bem o mundo que o envolve, um mundo que ele analise e critica sabiamente servindo-se da sua experiência de vida e de um sagaz espírito analítico.

Alguns exemplos da sua diversidade temática contida na selecção
dos sonetos que integram a presente obra em apreço:
- A sua vertente humanista e piedosa, em EU PEÇO AO CRIADOR
- O eterno crítico da politica e dos poderosos, em UM APELO À GENTE SÉRIA
- A denuncia das injustiças sociais, em CANDIDATO A MENDIGO
- O seu espirito inconformado, em PERDEU-SE A PACATEZ E A PACIÊNCIA
- A sua incontornável apetência pelo erotismo, em A SENSUAL LUXÚRIA
- E a afirmação do seu patriotismo, em AOS POUCOS VÃO VENDENDO PORTUGAL

Pelo que conheço de Zé Albano,  personagem de forte carisma, acarinhado por quantos o conhecem,  tanto na sua região beirã que o vi nascer e que ainda hoje habita - a sua verdade e genuídade são encantadoramente exponenciais na sua obra poética, o que a torna impar nos seus contornos literários e humanistas.
A sua dialética é simples e directa, liberta de pretenciosas interpretações, e frontal perante muitos factos das vida.

Por todas as razões expostas, não hesito em sugerir a leitura que aqui se propõe: os 100 Sonetos (escolhidos) de Zé Albano.

Eugénio de Sá



A apresentação da obra
Eugénio de Sá


Meus ilustres colegas nesta mesa, minhas senhoras, e meus senhores;

Escrever poesia é um acto lúdico, resulta de uma circunstancial evasão de espírito, de uma reflexão, ou simplesmente da necessidade latente de nos comunicarmos com terceiros.

Enquanto que numa simples e imaginativa quadra, ou numa trova formal, nós expressamos uma ideia não forçosamente contextualizada, num poema produzimos uma peça de comunicação mais complexa, que normalmente conta uma história, ou que pode propor e justificar uma ideia, um princípio, um sentimento de jubilo, ou até de revolta.
Depois, depende da capacidade e do talento do poeta dar-lhe o necessário cunho literário; pela dialéctica escolhida, pelo uso apropriado da metáfora, pela força e pelo ritmo da expressão, pelo simbolismo lírico, se for o caso.

Ao optarmos por dar-lhe forma clássica, como é o caso de um soneto, é ainda posta à prova a nossa capacidade de síntese, porque tudo o que se quer transmitir tem de acontecer nuns escassos catorze versos, e naquelas quatro estrofes, de rima e métrica perfeitas, todo o monólogo se apresenta
e se concluiu.

Essa é a beleza de um soneto, a beleza dos 100 sonetos deste livro que hoje vos é apresentado. No meu prefácio, faço uma breve análise ao espírito do autor e da sua obra, mais uma realização de José Albano, “que promete” para os que, como eu, amam a poesia.

Nesse prefácio, que certamente irão ler, comento - entre outros valores que caracterizam o autor - o seu sentido pátrio, e simultaneamente humanista, que especialmente valorizo e que é bastamente invocado na obra hoje em apreço.

E agora dirijo-me especialmente ao Zé Albano para lhe dizer:
Escrever uns quantos versos pode ser só fruto de um estado de espírito. Sentirmo-nos POETAS é querer partilhar a nossa própria alma.
É isso que tu e eu fazemos, caro Zé Albano!

A todos vós, o meu agradecimento pela generosidade da vossa atenção.


A apresentação do poeta
Susana Custódio

Hoje coube-me a missão de falar do Zé Abano

Conheci o poeta e amigo Zé Albano numa Tertúlia Poética em Coimbra, decorria o ano de 2007., de imediato me chamou a atenção o “ homem do chapéu”, mais tarde ele mesmo me disse que o chapéu era a sua imagem de marca e onde estivesse aquele chapéu estaria ele.

A partir daquele dia, muito conversámos por telefone e aos poucos e poucos constatei que era um mestre em poesia na forma de acróstico e não só, pois também é mestre noutras formas poéticas. Meses depois entrei para o Recanto das Letras onde verifiquei que era e é uma pessoa muito respeitada por todos os poetas lusófonos, sendo aí chamado de “ Rei “ ou “ “Lord”.

O Zé Albano sabe muito bem cumprir com as regras essenciais na Arte de Comunicar, tem os atributos fundamentais, ritmo e musicalidade.

As suas mensagens poéticas prendem atenção do leitor pela sua “ malícia nas palavras”e também erotismo ora contidos num simples poema, num soneto, ou num acróstico.

A propósito de erotismo, Carlos Brito diz-nos:
“ Os mitos são forças que agem no âmbito da alma por servirem para criar e desenvolver a imaginação, que é seu alimento. E isso se manifesta, sobretudo, no que diz respeito ao erótico. Significa a relação entre a consciência que expressa uma obra de arte e o mundo imaginário, oculto, que lhe deu vida através desse alimento da libido, ligado às sensações eróticas”.

Não se pense do erotismo que ele é condenável, profano, ou mesmo sacrílego, pois a sua natureza eminentemente humana é intrinsecamente natural no indivíduo. Que o digam os “êxtases” de Teresa d’Avila
que são famosos na sua biografia, evocando imagens que beiram o erotismo — como na escultura de Bernini, em que a Santa é representada de modo provocativo, ao ser “ trespassada pela flecha de fogo de um anjo”, num simbolismo assaz significativo.

Os contemporâneos David Mourão Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Maria Teresa Hora, Natália Correia e muitos outros autores, souberam dar a muita da sua poesia esse cunho erótico que lhes granjeou justos aplausos.

E tudo isto para vos falar do erotismo da poesia de Zé Albano, que o tornou famoso entre os seus pares e leitores, tal como nos é mostrado no seu vasto acervo poético contido no site brasileiro RECANTO DAS LETRAS, ou mesmo na sua obra de rara graciosidade dialéctica “ Com malícia nas palavras ”, que certamente conhecem, ou, se não conhecem, aconselho-vos vivamente uma leitura atenta e lúdica.

Mas Zé Albano, como todos nós, os seus muitos amigos, carinhosamente o tratamos, é mais, muito mais que “o poeta do erotismo” ; ele é, na realidade, um vate de grande sensibilidade humanista, e um patriota, como mostra o seu novo livro 100 Sonetos ,  que hoje se apresenta à vossa apreciação.  

Susana Custódio


O nosso agradecimento a todos

Sintra - 15 de Outubro 2015

4 comentários:

José Ernesto Ferraresso disse...

Quero parabenizar o poeta José Albano pelo seu lançamento doo livro de Cem Sonetos
e agradecer a amiga Susana Custódio que ofereceu o seu blog para que compartilhemos
um pouco mais da vida do poeta sonetista.
Abraços ao amigo Eugénio de Sá que também é um excelente escritor e sonetista.
Tem suas obras e poemas diversificados e isso faz com que o poeta seja uma pessoa especial.
Abraços a todos os poetas portugueses e sucesso sempre.

José Ernesto Ferraresso

MIAUNANDINHA disse...

Foi uma bonita reunião ,a apresentação composta por ilustres personagens .
Um livro que devorei ,cem sonetos ,e em cada um uma pontinha de uma alma popular e ao mesmo tempo erudito .
Gostei de conhecer este Poeta

virgínia branco disse...

Parabéns ao Poeta José Albano, pelo lançamento do seu livro de sonetos. Um livro é como um filho! Gostei de apreciar esta vossa reunião assim como de verificar a forma lúdica e a análise poética profunda do trabalho do Poeta . Bonita também a maneira como a Susana se expressa sobre a humanidade do Homem, do amigo! Parabéns À Susana e ao Eugénio que souberam abrilhantar esta festa da Poesia, momento alto da vida do Poeta José Albano. - Abraços Virgínia Branco

Rita Rocha disse...

Queridos amigos Eugénio de Sá e Luiz Poeta!
Os sonetos Cara a cara comigo e
O melhor da tua cara...
Dentro de linguagem moderna
duetam os poetas, e se inspiram,
e num abraço fraterno,
demonstram o quanto se admiram!

Parabéns, amigos!

Rita Rocha




Abraços

Rita Rocha